Foi divulgada ontem a notícia de que caiu o número de empregados domésticos no País (leia aqui). Recebi a informação com positividade e explico o motivo. Nada contra os profissionais da área, contra as famílias que tem empregadas em casa, mas porque até pouco tempo atrás o emprego doméstico era a única saída para muitas pessoas em busca de sustento. Devido a isso, submetiam-se a condições nem sempre agradáveis, com baixos salários e morando em um quarto nos fundos das casas dos patrões.
Porém, após mudanças nas regras que regem o setor (obrigatoriedade de registro em carteira, pagamento de horas extras, direitos trabalhistas e etc), aumento de vagas de emprego em outras áreas e novas oportunidades de capacitação profissional, diminuiu a oferta de mão-de-obra no setor. Paralelo a isso, o custo de se manter uma empregada doméstica fixa em casa aumentou, fazendo com que muitas famílias optassem pela contratação de "diaristas".
Outro dado de comprova que a notícia não é ruim é taxa de desocupação no setor: apenas 1,5%, abaixo da média de 4,7%, o que prova tudo que disse acima e que muita gente teve que aprender a arrumar a própria cama, ou então desembolsar um valor justo pelo serviço. Infelizmente vi muitos preconceituosos afirmando que a notícia deve-se ao fato de as empregadas domésticas terem largado o emprego em troca do Bolsa-Família, mas para essas pessoas eu desejo apenas que, por um mês, larguem seus empregos e tentem viver do benefício.
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